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Espiritualidade: você usa informação como desculpa?

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Espiritualidade (foto: Adobe Stock)

Usa? Fica se apegando a dados para não olhar de verdade pra você e pra sua espiritualidade?

Desde que comecei a prestar consultorias, precisei a aprender a lidar com a enorme quantidade de informações que os clientes trazem para as conversas.

Com tantas informações hoje disponíveis, nos livros, sites, redes sociais, tantos cursos sobre todo tipo de prática espiritual, é impressionante o volume de informação sobre tudo, pedras, ervas, meditações, ensinamentos ancestrais, filósofos, pensadores, técnicas de cura….

Acho isso incrível. Não faz muito tempo que passamos a ter acesso a conhecimentos assim de forma tão acessível.

Mas sempre alerto clientes e amigos sobre o perigo de usar alguma informação como verdade absoluta, como desculpa para não se autoconhecer, se observar.

Já ouvi de tudo….

‘Não tenho sorte com relacionamentos. Uma vidente me disse que esse é meu karma nessa vida.’

‘Sou briguento mesmo, sou filho de Xangô, não suporto injustiças.’

‘Já fiz meu eneagrama e meu vício emocional é a raiva. Então, ninguém pode mexer comigo.’

‘Meu mapa astral diz que eu sou super perfeccionista.’

‘Não dei certo mesmo, pois havia muitos planetas retrógrados.’

‘Fiz constelação familiar e descobri que sou traumatizado por conta da minha mãe.’

E por aí vai….

Sou a favor de qualquer método de investigação na nossa história de vida, das nossas memórias, dos nossos relacionamentos e até mesmo de outras vidas (pra quem acredita), mas as informações obtidas aí precisam ser usadas apenas como um degrau para nossa evolução pessoal.

Vejo muitas pessoas investigando apenas para usar o que descobriu como verdade absoluta e não fazer absolutamente nada para mudar. E pior: usam como desculpa o planeta, o orixá, o número, a mãe….

Em vez de investigar para mudar, a pessoa investiga para continuar a reforçar suas crenças, padrões de pensamento e culpar os outros.

Não é fácil olhar para si e reconhecer as dores, revisitar traumas, mas é apenas quando assumimos a responsabilidade pela vida é que conseguimos sentir de fato, paz e alegria.

Então, te convido a refletir sobre isso e a subir no primeiro degrau da escada. 

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